Clique aqui para a ficha técnica
Não adianta negar: após a palhaçada da final do paulistinha e do mais que evidente favorecimento à ORCRIM, somando o fato de que não houve QUALQUER consequência aos envolvidos - a não ser a costumeira chacota da imprensa e de dirigentes "espertos" -, aquela vontade de acompanhar o Palmeiras que sempre me levou aos estádios diminuiu. Não parecia mais valer a pena passar por tanto - e, acreditem, não é pouco - para acompanhar o time, sendo que seria óbvio que no dia 12 seguinte seríamos novamente roubados, e tudo ficaria por isso mesmo.
Ainda assim, com jogo no Pacaembu - o Allianz estava reservado para o show do Radiohead -, fui acompanhar o que seria a estreia em casa do Palmeiras (após a estreia oficial fora, com empate). O time vinha de outro empate em casa, pela Libertadores, jogo que não pude acompanhar pelos compromissos profissionais.
Sob protestos - alguns deles encomendados, conforme divulgado depois -, o time jogou com pouca compactação e errava passes com frequência, irritando a torcida e aumentando o nervosismo. O adversário chegava, e a falta de confiança na defesa fazia com que os palmeirenses tivessem calafrios a cada descida. Borja errou uma cabeçada relativamente fácil após bom ataque, e o time passou a exercer alguma pressão.
Ao final do primeiro tempo, Lucas Lima enfiou para Diogo Barbosa que viu Dudu na área e cruzou com precisão para a finalização de cabeça. Gol que Dudu comemorou discretamente, enfurecendo a 'torcida' que não se conforma com "jogador que não aguenta pressão". Dias obscuros no Palmeiras.
O Palmeiras voltou igual e sofreu pressão nos 15 primeiros minutos do segundo tempo, obrigando Jaílson a fazer boas defesas. Quando conseguiu equilibrar não descia ao ataque com eficácia, e permitiu novo crescimento do adversário. Em certo lance, o bandeira assinalou incorretamente um impedimento do ataque deles: a defesa parou e Jaílson "frangou" após finalização, mas o jogo já estava parado. Lance este que gerou todo o tipo de gritaria na imprensa oportunista, além de comparações vindas dos afiliados e cúmplices da ORCRIM. Patético.
Moisés, William Bigode e Deyverson renderam Lucas Lima, Dudu e Borja, e o Palmeiras abdicou de atacar. Os últimos minutos foram de grande nervosismo, mas o resultado foi assegurado por nossa defesa que, mesmo vacilante, conseguiu tirar todos os cruzamentos e chuveirinhos que o desesperado adversário lançava em nossa área.
Mesmo sem grande atuação a vitória veio, e talvez seja o que o time precisava, mesmo que de forma 'feia', para retomar a campanha de 2018.