Cheguei atrasado ao jogo pois tinha um compromisso fora da cidade pela manhã, mas pela internet acompanhei a estranha movimentação nos arredores do Palestra: sem aviso prévio, a polícia cercou o estádio e impediu o livre acesso de qualquer um que não apresentasse o ingresso. Existem sim muitos problemas (cambistas, ambulantes, furtos) pelos quais culpamos a própria polícia, mas não me parece correto solucioná-los tirando a liberdade daqueles que deveriam ser protegidos. Clima de velório, nada daquela atmosfera que faz parte do dia de jogo.
Entrei aos vinte minutos, e no momento em que pus os olhos no campo Moisés deu passe magistral para Dudu, na corrida, dominar e bater cruzado para abrir o placar. Pelo que pude acompanhar o Palmeiras mal tinha visto a cor da bola até então, mas o contra-ataque foi mortal. O gramado em nada ajudava, visivelmente danificado depois dos shows - parecia até pior que quarta-feira. O Sport empatou após escanteio, e quase virou depois em jogada rápida.
Foi o que o Palmeiras precisou para acordar, passando a mandar novamente na partida. Foi pressão verde pra cima do goleiro adversário, e o gol da vitória saiu no último lance do primeiro tempo: Moisés cobrou o lateral, Barrios só encostou na bola, de cabeça, mandando ela pra trás. Dudu tentou aproveitar mas a bola foi prensada, chegando na medida para Tchê Tchê chegar batendo.
O segundo tempo teve poucos lances que empolgaram, também porque Cuca pôs Thiago Santos para fechar o meio. Mesmo com Cleiton Xavier no lugar de Allione e Alecsandro no lugar de Barrios, o Palmeiras pouco criou, e ainda contou com boas defesas de Jaílson (que levou o terceiro amarelo) para segurar o placar.