O Palmeiras disperdiçara a chance de disparar na liderança no domingo anterior, contra o lanterna, em partida tecnicamente ruim também devido às condições climáticas. O empate, embora tenha sido o suficiente para manter o segundo colocado a cinco pontos de distância, reduzia a chance de termos o título confirmado nesta partida. Dependíamos de resultados dos concorrentes diretos, e um deles veio antes da nossa partida, devidamente acompanhada pelos torcedores nos bares da região. Faltava um tropeço daqueles caras do tal cheirinho...
Novamente tendo que fazer seu dever de casa, Felipão novamente mandou o que tinha de melhor, substituindo apenas Diogo Barbosa por Victor Luis. O Palmeiras amassou o visitante e criava oportunidade atrás de oportunidade, que paravam na falta de pontaria, na falta de sorte e também na boa atuação do goleiro adversário. Foram 20 minutos de insistência, uma pausa, e novo massacre nos últimos dez minutos, mas nada do gol sair. O clima, que deveria ser de apoio e festa, estava no mínimo esquisito, ainda mais com as notícias de que o adversário estava ganhando seu jogo em MG.
Depois de perder muitos gols, Borja cedeu lugar a Deyverson no intervalo, e este pôs pra dentro antes do primeiro minuto de partida - em posição de impedimento, corretamente anulado pelo juiz. O gol (que valeu) saiu finalmente aos 13, após levantamentos na área, contamos com a sorte e Luan acabou empurrando pras redes. A ansiedade baixou, a torcida acalmou, e o Palmeiras começou a construir jogadas com mais naturalidade.
Aos 30, novo cruzamento na área, a bola sobrou pra Dudu que apenas rolou para William marcar o segundo. E dois minutos depois, uma pintura: pelo meio, de fora da área, Dudu levantou a cabeça e mandou um foguete por entre as pernas do marcador, que morreu no ângulo esquerdo do adversário. Um golaço, que por sorte acabei filmando (mesmo em baixa qualidade, mesmo do outro lado do campo, dá pra ter uma ideia, abaixo).
Ainda havia tempo para mais um: Mayke pôs na cabeça de Deyverson, que fez o seu. Ele e o zagueiro bateram cabeças e o jogo ficou paralisado por alguns minutos para atendimento, porque Deyverson estava sangrando. Fim de jogo, a torcida pega os celular e acompanha a partida do adversário, que marca mais um ao final do jogo. Estranhamente, houve um clima de velório no Palestra. Não parecia que falta apenas alguns pontos para o título, mas sim que o havíamos perdido. Domingo tem mais um jogo, contra um desesperado adversário que luta pra não cair. Qualqluer tropeço rival nos dá a taça (e agora há apenas um rival). Seguimos!