Após uma boa vitória por dois a zero no Paraguai, ambos os gols de Borja, o Palmeiras teria uma missão relativamente fácil para garantir a classificação para as quartas-de-final. Era, no entando, noite de Libertadores, imprevisível por definição, e o nervosismo já atacava horas antes da partida.
Fui num lugar diferente, desta vez. Além do 'esquenta' no restaurante do Marcos Costi, o locutor oficial do Allianz, fui pela primeira vez aos camarotes do estádio - bem no meio do campo, na verdade. Foi uma boa experiência, ver as 'entranhas' do Allianz, pasar pelo restaurante panorâmico, e ter uma excelente visão de jogo. Claro que algo se perde, falta aquela sensação de estar na arquibancada, mas foi uma bem vinda variação.
Felipão pôs o time bem fechado (dois volantes a frente, um lateral apenas recuado e a zaga titular), com Moisés armando pelo meio e Dudu e William flutuando, com Borja de centro-avante. Mas não houve tempo de testar o esquema: com apenas três minutos de partida Felipe Melo entrou de sola e foi expulso, Sem alterações, o Palmeiras se fechou e se armou para os contra-ataques, já que depois de analisar a situação o adversário veio pra cima. Quem teve a melhor oportunidade de abrir o placar, no entanto, foi o Palmeiras, com uma bola que Dudu pôs colocada mas que o zagueiro tirou em cima da linha.
O segundo tempo voltou ainda sem mudanças, mas no primeiro lance houve um choque de cabeças e o jogador paraguaio teve que ser retirado de ambulância. O jogo ficou parado por quase dez minutos, o que renderia acréscimos ao final, tornando tudo ainda mais sofrido. O nervosismo tomou ares de tragédia quando, no lance seguinte após o retorno, um jogador paraguaio tentou cruzar a bola já quase perdida, na bandeira do escanteio, e ela pegou uma curva absurda, e entrou no ângulo de Weverton. Um lance absurdo, raríssimo, que tinha que acontecer contra nós.
William, após quase marcar um golaço que foi defendido pelo goleiro adversário, foi substituído por Deyverson, que entrou muito bem e não perdia uma bola aérea, seja no ataque ou na defesa. Os paraguaios vieram pra cima, aproveitando o cansaço de nossos jogadores que tinham que cobrir o campo todo com um amenos, e nossa defesa se virava como podia. Perto do fim dos 45 regulamentares, confusões tomaram conta do jogo: primeiro um repórter devolveu uma bola rapidamente, e os gandulas foram tirar satisfações. "Não importa o que diga..."
Depois, Deyverson sofreu forte falta no ataque e caiu espetacularmente. Levantou e começou a fazer gestos de incentivo para a torcida, e os paraguaios foram para cima. Mesmo evitando a briga, Deyverson não parou de acenar e acabou expulso por "incitar a violência" - ao menos ele também tirou um do outro lado. Dudu foi responsável por segurar a bola no ataque, em jogadas individuais, sofrendo faltas, e aos 53 minutos(!) o juiz acabou a partida. Classificação garantida, e de bom tiramos que o time consegue se segurar sobre grande pressão, ainda mais com o apoio da torcida.
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