segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

28/02/2016 - Palmeiras 1x2 Ferroviária

Estádio Palestra Itália / Allianz Parque - Campeonato Paulista




Após boa vitória no meio da semana que parecia ter devolvido a paz aos vestiários e ao dia a dia doa comissão técnica, o Palmeiras voltou a apresentar os mesmos defeitos e acabou derrotado em casa pela Ferroviária - duelo este que não acontecia desde 1996, e foi meu primeiro em estádios.

Embora tenha começado marcando em cima e com um volume de jogo interessante, o Palmeiras logo cansou e voltou a abusar dos problemas do meio de campo. Ao invés dos três volantes que aumentariam a proteção à zaga e permitiriam maior acionamento dos laterais, Marcelo Oliveira optou pelos três "meias", deixando Robinho no meio. Embora tenho sido crucial na vitória anterior é claro que o jogador não fica à vontade na posição, e hoje não rendeu nem perto do esperado.

Nas poucas vezes em que o time chegou ao ataque foram jogadas bem trabalhadas, mas sem sucesso por causa do goleiro, da zaga ou de erros pontuais e individuais. Parecia que o time amadureceria durante o jogo, mas foi em falta boba de Gabriel Jesus (que extrapolou no individualismo) que a Ferroviária abriu o placar no final do primeiro tempo. Na cobrança, havia tantos jogadores do visitante quanto do Palmeiras na barreira encobrindo a visão de Prass, que acabou só vendo a bola em direção ao em seu canto quando já era tarde.

Com Rafael Marques e Cristaldo entrando aos 15 do segundo tempo o Palmeiras empatou, em lance fortuito dentro da área após toque de Robinho. Emperrado no esquema de sempre, o time pouco criou depois disso. O castigo veio aos 48 do segundo tempo. Desde o começo era nítido que tanto Jean (que saira para a entrada de Rafael) quanto Thiago Santos estavam subindo para apoiar Robinho, deixando apenas Lucas e Zé na cobertura da zaga. Nos furos do nosso meio de campo a Ferroviária achou seu contra-ataque e levou os três pontos.








segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

20/02/2016 - Palmeiras 0x0 Santos

Estádio Palestra Itália / Allianz Parque - Campeonato Paulista




O Palmeiras empatara em 2x2 no meio da semana no Uruguai em sua estreia na Libertadores, o que agravou ainda mais a desconfiança que já vinha crescendo após os resultados ruins do início da temporada 2016. Para esta partida, Marcelo Oliveira manteve a formação que mostrou discreta melhora no jogo contra os uruguaios, montando a defesa com três volantes (com a inclusão de Matheus Sales no lugar de Arouca) e colocando dois meias (Dudu e Robinho) para servir Alecsandro, que substituiu o lesionado Barrios.

O sistema deu certo, fechando a defesa para que os laterais Lucas e Zé Roberto subissem e apoiassem mais. O forte calor impediu que o bom ritmo inicial se mantivesse, e o que vimos a partir dos 20 minutos foi um jogo tecnicamente fraco, com mais oportunidades para o Palmeiras até o intervalo. Nenhuma mudança foi feita nos vestiários, e a partida permaneceu na mesma pegada.

MO mudou o esquema ao colocar Gabriel Jesus no lugar de Sales, voltando aos três meias, e apesar de girarmos mais a bola a proteção à zaga sumiu: não tínhamos mais Thiago Santos 'preso' como terceiro sagueiro, e isso fazia com que ele e Jean se espalhassem mais, tendo que contar também com os laterais para cobrir os contra-ataques. O adversário cresceu e por pouco não marcou, parando em boas atuações de Vitor Hugo e Roger Carvalho (este, acertando 100% dos desarmes que tentou). Prass ainda teve grande participação, salvando um gol e crescendo sobre o atacante em outro lance, que ao tentar tirar acabou jogando pra fora.

Com uma arbitragem complacente (pancadas o jogo todo e 'rodízio de faltas' renderam cinco cartões amarelos ao adversário, todos nos últimos 20 minutos), o jogo arrastou-se para o final com o empate sem gols. A torcida pouco protestou, e na verdade apresentou faixas de apoio ("Libertadores Obsessão" e "Estamos Com Vocês"). Sinal de que é compreensível o (embora contestável) ritmo de treino no início da temporada, uma vez que disputamos o torneio continental.








segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

13/02/2016 - Palmeiras 1x2 Linense

Estádio Palestra Itália / Allianz Parque - Campeonato Paulista



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Com apenas dois titulares, o Palmeiras mais uma vez mostrou zero padrão de jogo e permitiu a vitória de virada do Linense em um jogo, de fato, horroroso. Embora seja sabido que o foco está na Libertadores, o Paulista deveria sim ter sido encarado como título a ser conquistado desde o início. O que temos agora é uma enorme desconfiança, no elenco e no técnico.

Em minha opinião, Marcelo Oliveira deveria não apenas ter montado o elenco da Libertadores e treinado forte (como aparentemente fez, de acordo com notícias, especialmente na proteção à zaga, indispensável no torneio), mas também montado um time reserva com características ofensivas, com o objetivo de observar as peças que poderiam ser úteis no time 'principal' e levar a primeira fase do Paulistão com certa tranquilidade. Temos elenco para isso. Um time reserva, que goleou o River-URU (primeiro adversário da Libertadores) em jogo treino, entrosado, seria o ideal para os jogos menores e também em coletivos contra o time titular, que precisa acertar a defesa.

Cheguei bastante atrasado, vendo a partida apenas a partir dos 18 minutos. Pelo que li e ouvi, duas boas jogadas, uma logo ao início com João Paulo e Allione, que pararam no goleiro. Allione parecia jogar de cabeça erguida, consciente, mas não conseguia criar nada convincente - apresentou limitações e sofreu com a pouca movimentação de seus pares, principalmente Egídio. Na frente, o estreante Moisés demonstrava alguma habilidade, mas parecia muito lento. Com Alecsandro, tornou o ataque do Palmeiras pesado demais.

De qualquer forma, foi de Allione o passe que Alecsandro recebeu na área, para então ser derrubado (de maneira discutível). Pênalti que Alecsandro mesmo converteu. Um minuto depois, o empate: Allione, Egídio e Vitor Hugo tiveram chances, mas ninguém parou o ataque o Linense. No segundo tempo tivemos as entradas de Régis, Érik e Cristaldo, e foi possível observar discreta melhora na movimentação. A conclusão, no entanto, não acontecia. Sofremos então a virada em uma bola esticada em que o atacante, mesmo acompanhado por Vitor Hugo, conseguiu finalizar para a defesa parcial de Prass: a bola, no entanto, morreu dentro de nosso gol. 

O time está agora sob pressão e precisa demonstrar resultados já na próxima terça-feira, na estréia da Libertadores. Claro que em momentos assim todo torcedor vira técnico, e sente-se no direito de reclamar. Eu mesmo teria feito coisas muitos diferentes, mas MO está aí e permanecerá durante o primeiro turno da fase de grupos, pelo menos. Que o time titular demonstre ter se acertado e que tenha tranquilidade para nos levar à classificação.








sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

04/02/2016 - Palmeiras 2x2 São Bento

Estádio do Pacaembu - Campeonato Paulista



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A estreia do Palmeiras de 2016 em casa na verdade acabou sendo fora dela: pelo atraso no término da reforma do gramado do Palestra, o jogo contra o São Bento de Sorocaba foi transferida para o Pacaembu. Apesar disso, a partida teve um bom público para uma noite de quinta-feira, inclusive com as tradicionais filas para compra dos ingressos na porta.

Dentro de campo o Palmeiras dominou a partida desde o começo, abrindo o placar logo no começo com Gabriel Jesus. O time de Sorocaba, mesmo pressionado, foi acertando a marcação e passou a equilibrar as coisas. Conseguiu o empate em um escanteio, e quase ao fim do primeiro tempo o mais improvável: uma falha bizonha de Leandro Almeida permitiu a virada do adversário.

Mesmo voltando um pouco melhor no segundo tempo era nítido que o time havia sentido. O São Bento jogava, como não poderia deixar de ser, com todos na defesa e com o meio congestionado. Marcelo Oliveira fez as três suubstituições, colocando Alecsandro, Érik e Régis (os dois últimos fazendo suas estreias) nos lugares de Jesus, Barrios e Jean (também estreante) - infelizmente, com a falta de entrosamento, o time ficou ainda mais perdido e sem ligação.

Ao final, quase nos acréscimos, Vitor Hugo desviou um cruzamento e marcou o empate (com a devida ajuda do zagueiro adversário). Esperamos mais deste time do Palmeiras, que no papel tem um dos melhores elencos do país. Que os erros sejam corrigidos nos "jogos treino" do Campeonato Paulista.