O Palmeiras empatara em 2x2 no meio da semana no Uruguai em sua estreia na Libertadores, o que agravou ainda mais a desconfiança que já vinha crescendo após os resultados ruins do início da temporada 2016. Para esta partida, Marcelo Oliveira manteve a formação que mostrou discreta melhora no jogo contra os uruguaios, montando a defesa com três volantes (com a inclusão de Matheus Sales no lugar de Arouca) e colocando dois meias (Dudu e Robinho) para servir Alecsandro, que substituiu o lesionado Barrios.
O sistema deu certo, fechando a defesa para que os laterais Lucas e Zé Roberto subissem e apoiassem mais. O forte calor impediu que o bom ritmo inicial se mantivesse, e o que vimos a partir dos 20 minutos foi um jogo tecnicamente fraco, com mais oportunidades para o Palmeiras até o intervalo. Nenhuma mudança foi feita nos vestiários, e a partida permaneceu na mesma pegada.
MO mudou o esquema ao colocar Gabriel Jesus no lugar de Sales, voltando aos três meias, e apesar de girarmos mais a bola a proteção à zaga sumiu: não tínhamos mais Thiago Santos 'preso' como terceiro sagueiro, e isso fazia com que ele e Jean se espalhassem mais, tendo que contar também com os laterais para cobrir os contra-ataques. O adversário cresceu e por pouco não marcou, parando em boas atuações de Vitor Hugo e Roger Carvalho (este, acertando 100% dos desarmes que tentou). Prass ainda teve grande participação, salvando um gol e crescendo sobre o atacante em outro lance, que ao tentar tirar acabou jogando pra fora.
Com uma arbitragem complacente (pancadas o jogo todo e 'rodízio de faltas' renderam cinco cartões amarelos ao adversário, todos nos últimos 20 minutos), o jogo arrastou-se para o final com o empate sem gols. A torcida pouco protestou, e na verdade apresentou faixas de apoio ("Libertadores Obsessão" e "Estamos Com Vocês"). Sinal de que é compreensível o (embora contestável) ritmo de treino no início da temporada, uma vez que disputamos o torneio continental.
Nenhum comentário:
Postar um comentário