sexta-feira, 5 de agosto de 2022

No apagar das luzes...


Colecionar sempre foi um hábito meu, um passatempo. Fossem cards, gibis, figurinhas, selos, qualquer coisa, para um saudosista uma coleção diz muito. E com ingressos de jogos (e também de shows) não seria diferente. Muitos infelizmente se perderam com o tempo - os ingressos de papel das décadas de 80 e 90 acabaram se perdendo, mesmo porque eu era muito novo para guardá-los da melhor forma. A coleção acabou (re)tomando corpo quando os ingressos da BWA, de plástico, passaram a ser utilizados.

Minha primeira experiência em um estádio foi em um amistoso em 1989; meu primeiro jogo oficial foi logo depois, no Campeonato Paulista de 1990; já o primeiro título veio no Brasileiro de 1993. Não foi até a época da internet que comecei a publicar ingressos e fotos das partidas e que estive - a comunidade do Palmeiras no Orkut era o veículo, e lá fiz muitos conhecidos com quem me encontrava nos jogos. E apenas em 2011 criei este blog e passei a publicar regularmente fotos e ingressos, além de opiniões sobre os jogos - e isto explica porque os primeiros jogos têm poucos comentários, já que eu os escrevi anos depois.

Foram no total 381 partidas (352 como mandante e 29 como visitante), num total de 247 vitórias, 71 empates e 63 derrotas - um aproveitamento de 71% (pelos critérios de hoje, desconsiderando que vitórias valiam 2 pontos até meados dos anos 90), contra 107 adversários diferentes. Gritei gol em 702 ocasiões, e xinguei em outras 300 - saldo positivo de 402, num total de 20 estádios. Estive em muitas campanhas, mas considerando apenas as finais e jogos decisivos, presenciei 7 títulos. E, obviamente, vivi a fase de transição entre o antigo Palestra Italia e a moderna arena Allianz Parque (que sigo chamando de Palestra).

Anotei também os gols 'redondos' desta caminhada, conforme eram registrados no blog. Foram eles:

Foram três décadas seguindo o Palmeiras, com uma ênfase muito maior a partir do final do ano 2000. Muitas ocasiões memoráveis, muitas vitórias e viradas históricas, e também muita decepção e sofrimento (como bem sabemos), o que também faz parte. Momentos estes que não trocaria por nada.

Uma mudança na vida profissional me fez mudar de país, e com isso não será mais possível seguir com a rotina de jogos, com aquela "quebrada" no meio da semana para distrair, tomar uma cerveja e acompanhar o clima de jogo no Palestra. Será difícil a adaptação - ver jogos de longe, com delay, sem poder dar aquele grito que junto aos outros 40 mil (isso hoje em dia... há alguns anos éramos 5, 6 mil) que pode empurrar pro gol aquela bola do último minuto.

Foram glórias, tristezas, emoções diversas, mas cheguei ao fim de uma era. Ainda pretendo ir a jogos (se conseguir) em eventuais idas ao Brasil. Se há uma certeza é a de que acompanharei à distância, por qualquer meio que conseguir, sempre vestindo o manto. Avanti Palestra!

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